Edição #187.2025
Faaaaaala, galera! No episódio do IA Hoje desse domingo, 6 de julho de 2025, a inteligência artificial deixa de ser um assunto de tecnologia para se tornar, oficialmente, uma questão de política de Estado e de relações internacionais. Acompanhamos o presidente Lula, no Fórum do Brics, articulando uma visão de governança multilateral para a IA, um movimento claro para estabelecer um contrapeso ao domínio tecnológico ocidental. Essa busca por soberania se reflete internamente, com estados como o Piauí investindo em suas próprias capacidades e modelos de linguagem. Na Europa, a União Europeia pisa no acelerador, rejeitando apelos da indústria para adiar o AI Act e consolidando seu papel como o principal poder regulatório do planeta. Enquanto os governos movem suas peças, a guerra no setor privado se intensifica: publishers europeus abrem uma nova frente de batalha contra o Google, com uma queixa antitruste que pode redefinir a economia da busca. Em meio a tudo isso, um relatório da McKinsey mostra que as empresas mais avançadas já superaram a fase de experimentação e estão redesenhando fundamentalmente seus processos para extrair valor da IA, um sinal claro da maturação industrial da tecnologia. Para fechar, na nossa Retrospectiva Express, olhamos para os principais eventos que marcaram uma semana de transformações profundas. Fiquem ligados!
🎯 Os destaques de hoje
A Nova Ordem da IA: Presidente Lula, no Fórum do Brics, defende uma governança multilateral para a IA, um movimento para criar um contrapeso ao domínio tecnológico ocidental e tratar dados como um recurso soberano.
A Lei é a Lei: União Europeia rejeita apelos da indústria para adiar o AI Act, reafirmando que o cronograma legal será mantido e consolidando a Europa como um poder regulatório global.
A Guerra pelo Conteúdo: Publishers europeus formalizam a batalha contra o Google, apresentando uma queixa antitruste que acusa os AI Overviews de abuso de poder de mercado e canibalização de tráfego.
A Fábrica de IA se Torna Realidade: Relatório da McKinsey revela que as empresas mais bem-sucedidas não estão apenas usando IA, mas redesenhando fundamentalmente seus fluxos de trabalho para extrair valor, sinalizando a maturação da automação.
🇧🇷 Panorama Brasil
🗣️ BRICS como Quarto Polo: Lula Defende Governança Multilateral para IA
Durante a abertura do Fórum Empresarial do Brics no Rio de Janeiro, em 5 de julho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a criação de uma "governança multilateral" para a inteligência artificial, um movimento que eleva a discussão sobre a tecnologia a um patamar geopolítico. A fala de Lula é a articulação política de uma proposta mais ampla do bloco, que busca criar um sistema para remunerar países pelo uso de seus dados no treinamento de modelos de IA, conforme noticiado no dia anterior. O presidente alertou que, sem diretrizes coletivas, os modelos desenvolvidos por grandes empresas de tecnologia ocidentais se imporão, aprofundando as assimetrias tecnológicas e econômicas globais.
Este posicionamento transcende um mero debate sobre regulação; é uma declaração de intenção estratégica. Ao tratar os dados como um recurso soberano e comercializável, o Brics busca se estabelecer como um quarto polo na ordem mundial da IA, ao lado dos modelos dos EUA (centrado na inovação do setor privado), da China (impulsionado pelo Estado) e da União Europeia (liderado pela regulação). A abordagem do Brics pode ser definida como sendo impulsionada pela soberania, com o objetivo de criar um contrapeso ao modelo extrativista das big techs. A iniciativa força uma reavaliação global sobre o valor dos dados e quem deve se beneficiar de sua exploração, transformando a governança de IA em uma ferramenta para reequilibrar o poder na economia digital.
"Na ausência de diretrizes claras coletivamente acordadas, os modelos gerados com base apenas na experiência de grandes empresas de tecnologia vão se impor. Os riscos e efeitos colaterais da inteligência artificial demandam uma governança multilateral." – Luiz Inácio Lula da Silva
🎯 O que está em jogo: A consolidação de uma agenda tecnológica coesa do Brics, que visa transformar dados em um ativo geopolítico para desafiar o domínio ocidental e criar uma nova ordem econômica para a IA.
🔗 Leia na íntegra: Agora RN
💡 Piauí se Torna Laboratório de IA Pública no Brasil
Enquanto o debate sobre soberania digital ocorre em nível federal, o estado do Piauí emerge como um microcosmo dessa estratégia, consolidando-se como um polo de inovação em IA para o setor público. Durante o evento NEON 2025 em Teresina, o governo estadual destacou seus avanços, incluindo a criação de uma Secretaria de Estado da Inteligência Artificial e o desenvolvimento do "SoberanIA", o primeiro modelo de linguagem natural (LLM) criado por um estado brasileiro, treinado com dados e para resolver desafios locais. A iniciativa visa transformar os serviços públicos, tornando a gestão mais eficiente e centrada no cidadão.
O caso do Piauí ilustra a "capilaridade da IA" no Brasil, um movimento de descentralização que vai além do eixo Rio-São Paulo. A criação de uma secretaria e um LLM estaduais representa um novo modelo de governança, sugerindo que o futuro da IA no país pode ser uma federação de iniciativas locais, em vez de um único plano monolítico vindo de Brasília. Este ecossistema de "laboratórios de políticas públicas" permite que diferentes estados testem abordagens de implementação e regulação mais ágeis e adaptadas às suas realidades. A verdadeira transformação do setor público brasileiro pode, portanto, vir dessa proliferação de "pequenas soberanias" digitais, que constroem capacidade local para evitar a dependência de tecnologias estrangeiras e resolver problemas concretos.
"Para que a inteligência artificial possa ser aplicada com impacto é necessário que o próprio governo organize seus dados e compreenda seus desafios. Sem isso, não é possível avançar de maneira estratégica." – André Macedo, Secretário de Estado da Inteligência Artificial do Piauí
🎯 O que está em jogo: A formação de um modelo de desenvolvimento de IA descentralizado no Brasil, onde estados proativos constroem suas próprias capacidades, criando um ecossistema mais resiliente e adaptado às diversas realidades do país.
🔗 Leia na íntegra: JORNAL TVL NEWS
🤝 Brasil e Vietnã Firmam Aliança Tecnológica com Foco em IA e Semicondutores
Reforçando a estratégia de construir uma ordem tecnológica multipolar, o Brasil e o Vietnã assinaram um Memorando de Entendimento durante a Cúpula do Brics no Rio de Janeiro para fortalecer a cooperação em ciência e tecnologia. O acordo tem como foco explícito áreas estratégicas como inteligência artificial, semicondutores, computação de alto desempenho e Indústria 4.0. A iniciativa visa aprofundar a colaboração acadêmica, científica e econômica entre os dois países, que compartilham o objetivo de impulsionar seu desenvolvimento digital.
Este acordo é mais do que uma formalidade diplomática; é uma manobra estratégica no contexto da acirrada guerra tecnológica entre Estados Unidos e China. Tanto o Brasil quanto o Vietnã ocupam uma posição delicada, buscando se beneficiar da tecnologia de ambos os lados sem se tornarem excessivamente dependentes de nenhum. Ao colaborar em áreas críticas como semicondutores — o alicerce de toda a tecnologia moderna —, eles tentam construir uma "terceira via". Essa rede de nações de poder intermediário pode criar cadeias de suprimentos mais resilientes e centros de especialização próprios, reduzindo a vulnerabilidade a choques geopolíticos. A parceria é um bloco de construção para um "eixo tecnológico não alinhado", uma estratégia pragmática para ganhar autonomia em um mundo cada vez mais definido pela rivalidade das superpotências.
"Estou muito contente por poder concluir este acordo. Esse instrumento possibilitará um grande aprofundamento das nossas relações, especialmente em semicondutores e Inteligência Artificial." – Luciana Santos, Ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil
🎯 O que está em jogo: A formação de alianças estratégicas entre nações emergentes para construir autonomia tecnológica e uma cadeia de suprimentos de IA menos dependente dos polos de poder tradicionais dos EUA e da China.
🔗 Leia na íntegra: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
🚀 Negócios & Startups
⚙️ A Era da Reengenharia: Empresas Deixam de "Usar" IA para "Se Tornarem" IA
Uma nova pesquisa global da McKinsey revela uma mudança fundamental na forma como as empresas estão abordando a inteligência artificial generativa. O estudo mostra que as organizações que estão obtendo o maior impacto financeiro não são aquelas que simplesmente adotam ferramentas de IA, mas as que estão fundamentalmente redesenhando seus fluxos de trabalho em torno da tecnologia. Cerca de 21% das empresas que utilizam GenAI já iniciaram essa reengenharia de processos, e este atributo demonstrou ter o maior efeito positivo sobre o lucro antes de juros e impostos (EBIT).
Este dado marca a transição da primeira para a segunda onda de IA nas empresas. A primeira onda foi caracterizada pela adoção de ferramentas "plug-and-play", como chatbots, que eram adicionadas aos processos existentes. A segunda onda, como aponta a McKinsey, é sobre a "religação" (rewiring) da organização. A IA deixa de ser uma tarefa do departamento de TI para se tornar uma prioridade estratégica da alta gestão, que reavalia e reconstrói as operações do zero para maximizar a automação e a eficiência. Isso explica a previsão de gastos massivos em hardware, como a da Gartner , pois as empresas estão adquirindo a "maquinaria pesada" necessária para essa reindustrialização digital. A vantagem competitiva futura não virá do acesso à IA, mas da agilidade organizacional para se reconstruir em torno dela.
📊 Impacto: A IA está se tornando o novo sistema operacional dos negócios, forçando uma reengenharia completa dos processos corporativos para que as empresas se mantenham competitivas.
🔗 Leia na íntegra: McKinsey & Company
⚕️ Capital Inteligente: Investimento na Tempus AI Mostra Apetite por IA Verticalizada
O crescente interesse do mercado de capitais em inteligência artificial não se limita aos gigantes que desenvolvem modelos de linguagem de propósito geral. Um exemplo claro dessa tendência é o contínuo fluxo de investimentos institucionais na Tempus AI (NASDAQ:TEM), uma empresa de capital aberto com uma capitalização de mercado de $10.5 bilhões, especializada em medicina de precisão. A gestora Huntleigh Advisors Inc. foi a mais recente a adquirir uma posição na empresa, comprando 8.385 ações no primeiro trimestre.
O caso da Tempus AI ilustra uma tese de investimento cada vez mais sólida: o futuro da IA aplicada pode ser altamente especializado. Enquanto os modelos de fundação como o GPT recebem a maior parte da atenção, o valor defensável e de longo prazo muitas vezes reside em aplicações verticais. A Tempus AI construiu seu negócio sobre um vasto e proprietário conjunto de dados clínicos e moleculares, criando um "fosso de dados" que é extremamente difícil para modelos genéricos replicarem. Isso sugere um futuro onde um ecossistema de IAs especializadas em domínios como direito, finanças e, principalmente, saúde, coexistirá e, em muitos casos, superará os modelos generalistas. O capital está apostando que a combinação de expertise de domínio profundo com dados proprietários é a fórmula vencedora para o valor sustentável na economia da IA.
📊 Impacto: O mercado está se movendo para além do hype dos LLMs generalistas e investindo em empresas que aplicam IA a nichos específicos e de alto valor, onde dados proprietários criam barreiras de entrada competitivas.
🔗 Leia na íntegra: MarketBeat
💬 A IA Puxa Conversa: Meta Testa Chatbots Proativos e a Nova Fronteira do Engajamento
A Meta está testando uma nova e ousada funcionalidade em suas plataformas Messenger, WhatsApp e Instagram: chatbots de IA que podem iniciar conversas proativamente com os usuários. Documentos vazados indicam que esses agentes, criados através do AI Studio da Meta, poderão enviar mensagens não solicitadas para dar continuidade a uma conversa anterior, mas apenas se o usuário já tiver trocado pelo menos cinco mensagens com o bot em um período de 14 dias.
Esta iniciativa representa uma mudança fundamental na relação entre usuário e IA. O chatbot deixa de ser uma ferramenta passiva, que aguarda um comando, para se tornar um agente ativo no espaço social do usuário. As implicações comerciais são imensas. O modelo de negócios da Meta é baseado em publicidade, e agentes de IA proativos são a ferramenta perfeita para maximizar o engajamento, mantendo os usuários na plataforma por mais tempo e coletando dados extremamente ricos sobre seus interesses e intenções para publicidade hiperdirecionada. Contudo, a medida também acende um alerta vermelho sobre privacidade e segurança. Startups com produtos similares, como a Character.AI, já enfrentam ações legais por interações prejudiciais. Um agente de IA que "cutuca" o usuário de forma proativa pode ser percebido como intrusivo ou até manipulador, especialmente com públicos mais vulneráveis. A Meta está, na prática, testando os limites da aceitabilidade social da IA agentiva, equilibrando o potencial de engajamento com os riscos de segurança e privacidade.
🎯 O que está em jogo: A transição da IA de uma ferramenta reativa para um agente social proativo, um movimento que pode redefinir o engajamento digital e a publicidade, mas que traz consigo enormes desafios éticos e de segurança.
🔗 Leia na íntegra: DigitrendZ
🔬 Pesquisa & Desenvolvimento
🔒 O Dilema do Alinhamento: Paper Propõe "Alinhamento Delimitado" como Meta Realista para AGI
Um novo e influente artigo de posição publicado no repositório arXiv, intitulado "Bounded Alignment: What (Not) To Expect From AGI Agents", está provocando uma reavaliação fundamental sobre a segurança em inteligência artificial. O autor argumenta que a busca por um "alinhamento perfeito" — garantir que uma Inteligência Artificial Geral (AGI) sempre atue de acordo com os valores humanos — é uma meta inatingível. A tese central é que as mesmas características que tornam uma IA verdadeiramente inteligente e útil (autonomia, criatividade, capacidade de aprendizado aberto) são as que a tornam inerentemente incontrolável e imprevisível.
Em vez disso, o paper propõe um objetivo mais realista: o "alinhamento delimitado" (bounded alignment). A meta não seria a perfeição, mas um nível de confiabilidade social semelhante ao que esperamos de um ser humano bem-comportado ou de um animal treinado, ou seja, um comportamento que é aceitável na vasta maioria das vezes, mas que reconhece a possibilidade de falhas. Esta abordagem desloca o problema da segurança em IA do domínio da certeza matemática para o da confiabilidade social e da gestão de risco. Para a regulação, isso significa que as leis não podem exigir uma segurança perfeita que é tecnicamente impossível. Em vez disso, o foco deve ser em transparência, responsabilidade e mecanismos de mitigação de danos, tratando a IA como outros agentes poderosos e inerentemente arriscados da sociedade, como corporações ou governos.
🔎 Olhar adiante: Esta pesquisa pode marcar um ponto de virada no debate sobre segurança, movendo a comunidade de uma busca teórica por controle absoluto para um esforço prático de construir sistemas de IA robustos, transparentes e confiáveis, ainda que imperfeitos.
🔗 Leia na íntegra: arXiv:2505.11866
🤔 Pensando sobre o Pensar: Nova Arquitetura "SAGE-nano" Permite que IAs Expliquem seu Próprio Raciocínio
Enquanto um estudo questiona os limites do alinhamento, outro aponta um caminho para torná-lo mais viável através da transparência. Pesquisadores apresentaram no arXiv o "SAGE-nano", um modelo de linguagem de 4 bilhões de parâmetros com uma capacidade inovadora: o "raciocínio inverso". Diferente dos modelos atuais que geram uma "cadeia de pensamento" para mostrar como chegaram a uma resposta, o SAGE-nano pode refletir sobre seu próprio processo para explicar
por que escolheu um determinado caminho de raciocínio em detrimento de outros. Essa capacidade metacognitiva é um passo crucial para resolver o problema da "caixa-preta" da IA.
O impacto dessa pesquisa é duplo. Primeiro, ela oferece uma solução técnica para o problema filosófico do alinhamento. Se não podemos garantir controle perfeito, a transparência radical é a melhor alternativa. Uma IA que pode explicar seu processo de tomada de decisão permite uma supervisão humana muito mais eficaz. O segundo impacto, talvez igualmente revolucionário, é como o SAGE-nano foi desenvolvido: a equipe treinou o modelo usando um cluster de computadores Mac Mini M1, com um custo total de menos de 8.000 dólares. Isso desafia a narrativa de que a pesquisa de ponta em IA exige data centers de bilhões de dólares, democratizando o campo e permitindo que laboratórios menores e universidades contribuam para a área crítica da segurança e interpretabilidade da IA.
🔎 Olhar adiante: A pesquisa oferece uma combinação poderosa: uma nova arquitetura para modelos mais transparentes e um novo paradigma de desenvolvimento que torna essa pesquisa mais acessível, potencialmente acelerando o progresso em direção a uma IA mais segura.
🔗 Leia na íntegra: arXiv:2507.00092
🌎 Tendências Globais & Ferramentas
🇪🇺 UE Pisa no Acelerador: Bruxelas Rejeita Pedidos para Adiar o AI Act
A Comissão Europeia afirmou categoricamente na sexta-feira, 5 de julho, que não haverá adiamento ou período de carência na implementação do AI Act, a legislação pioneira da União Europeia para a inteligência artificial. A declaração é uma resposta direta à crescente pressão de gigantes da tecnologia, como Google e Meta, e de alguns países que pediam uma pausa para se adaptarem às novas e rigorosas regras. A postura firme da UE consolida o chamado "Efeito Bruxelas", onde as regulamentações europeias se tornam o padrão global de fato.
Ao rejeitar o adiamento, a União Europeia cimenta sua vantagem como a primeira grande potência a estabelecer um marco legal abrangente para a IA. Para empresas multinacionais, é logisticamente mais simples e economicamente mais eficiente desenvolver um único produto que cumpra as regras mais rigorosas do mundo do que manter múltiplas versões para diferentes mercados. Isso força companhias em todo o globo a começarem a alinhar seus processos de desenvolvimento com as diretrizes do AI Act imediatamente, sob o risco de perderem acesso ao vasto mercado europeu. A decisão não apenas cria um enorme mercado para empresas de "RegTech" (Tecnologia para Regulação), mas também posiciona a UE como a principal autoridade reguladora do setor, um papel que confere significativo poder político e econômico.
"Eu vi, de fato, muitos relatos, muitas cartas e muitas coisas sendo ditas sobre o AI Act. Deixe-me ser o mais claro possível, não há 'parar o relógio'. Não há período de carência. Não há pausa." – Thomas Regnier, porta-voz da Comissão Europeia
📊 Impacto: A UE está criando um mercado global para a "IA responsável", forçando a indústria a adotar seus padrões de segurança e transparência e se estabelecendo como a principal xerife da tecnologia no cenário mundial.
🔗 Leia na íntegra: The Indian Express
💥 A Guerra dos Resumos: Publishers Europeus Declaram Guerra Antitruste ao Google
A batalha entre criadores de conteúdo e gigantes da IA escalou para um novo patamar. A Independent Publishers Alliance, uma associação de veículos de mídia, protocolou uma queixa antitruste formal junto à Comissão Europeia contra os AI Overviews do Google. A acusação central é que o Google está abusando de sua posição dominante no mercado de buscas ao usar o conteúdo dos publishers para gerar seus próprios resumos de IA, que são exibidos no topo da página. Segundo a queixa, essa prática canibaliza o tráfego que iria para os sites originais, causando "danos significativos" na forma de perda de audiência e receita.
Este processo legal é um ataque direto ao modelo de negócios dos "motores de resposta", como o Perplexity e a nova versão da busca do Google. Por décadas, a economia da web se baseou em um pacto implícito: o Google enviava tráfego e os publishers forneciam o conteúdo que tornava a busca útil. Os resumos de IA quebram esse pacto ao entregar a resposta diretamente na página do Google, eliminando a necessidade do clique. A ação judicial, somada a movimentos de veículos de mídia para criar seus próprios resumos de IA , mostra que os publishers estão lutando em duas frentes: legal e tecnológica. O resultado desta disputa pode forçar uma reestruturação fundamental da busca, potencialmente obrigando o Google a pagar pelo conteúdo ou a alterar drasticamente a forma como os AI Overviews funcionam, o que poderia abrir espaço para um ecossistema de busca mais diversificado.
"O serviço de busca principal do Google está usando indevidamente o conteúdo da web para os AI Overviews do Google na Busca, o que causou, e continua a causar, danos significativos aos publishers..." – Queixa da Independent Publishers Alliance
📊 Impacto: Este não é apenas um processo judicial; é uma batalha pelo modelo econômico da internet. O resultado determinará se a web continuará sendo uma rede de destinos ou se tornará um vasto banco de dados a ser consultado por IAs, com profundas consequências para o jornalismo e a monetização de conteúdo.
🔗 Leia na íntegra: PYMNTS.com
📬 Dinâmica do Domingo – Retrospectiva Express
A semana de 30 de junho a 5 de julho foi definida por uma corrida global pela soberania em IA, com o bloco BRICS propondo uma nova ordem econômica para dados, a UE solidificando seu poder regulatório e nações como Brasil e Vietnã forjando novas alianças tecnológicas para evitar o colonialismo digital. Ao mesmo tempo, a industrialização da IA tornou-se inegável, com as demissões em massa da Microsoft revelando o custo humano da automação, o mercado de fusões e aquisições explodindo e as empresas mudando de simplesmente "usar" IA para "redesenhar" completamente suas operações em torno dela. Por fim, um crucial choque de realidade atingiu a indústria, com estudos revelando que IAs podem falhar espetacularmente em tarefas do mundo real, que seu uso pode prejudicar a cognição humana e que a própria definição de "segurança em IA" está sendo reavaliada, de uma busca por controle perfeito para um mais pragmático "alinhamento delimitado".
O tema que emerge para a próxima semana é a tensão crescente entre a velocidade da implantação e a consciência das consequências. A era do "mover rápido e quebrar coisas" acabou. O novo mantra é "mover-se deliberadamente e compreender os efeitos de segunda ordem", criando um mercado massivo para soluções de governança, segurança e IA ética. As empresas que dominarem essa nova disciplina liderarão a próxima fase da revolução.
Aviso Legal: Este episódio foi gerado de forma 100% automatizada por inteligência artificial. As informações contidas são baseadas em fontes públicas, devidamente listadas na descrição. Não há revisão editorial humana. Recomendamos a consulta direta às fontes originais para confirmação e aprofundamento das informações aqui apresentadas.
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