IA Hoje
IA Hoje
27/06/2025 - Decisão do STF, Adoção em Massa e a Nova Governança da IA
0:00
-10:28

27/06/2025 - Decisão do STF, Adoção em Massa e a Nova Governança da IA

STF redefine responsabilidade de plataformas e impacto da IA no Brasil. Adoção em massa impulsiona produtividade; EUA-China e “CC Signals” influenciam governança global.

Edição #178.2025

Faaaaaala, galera! No episódio do IA Hoje dessa sexta-feira, 27 de junho de 2025, o ecossistema de inteligência artificial passa por um grande teste de realidade. A era do hype desenfreado está dando lugar a uma fase de consequências tangíveis, onde os ganhos de produtividade se tornam inegáveis, mas os desafios legais e geopolíticos se intensificam. A prova viva dessa nova realidade vem de gigantes como a Salesforce, cujo CEO revelou que a IA já executa de 30% a 50% de tarefas em áreas-chave, e de um relatório da Thomson Reuters que mostra que empresas com estratégias de IA claras têm o dobro de chance de aumentar suas receitas. Esse boom econômico alimenta uma corrida por infraestrutura, com o estado de Nova York investindo US$ 40 milhões em um novo supercomputador com a mais recente tecnologia da Nvidia.

Contudo, essa aceleração traz consigo uma complexa ressaca geopolítica e regulatória. A OpenAI identificou oficialmente a startup chinesa Zhipu AI como sua principal rival, expondo a estratégia da "Estrada da Seda Digital" de Pequim como uma frente crucial na nova guerra fria tecnológica entre EUA e China. Enquanto isso, a governança da IA começa a se materializar de formas decisivas. No Brasil, o Supremo Tribunal Federal tomou uma decisão histórica que, ao ampliar a responsabilidade das plataformas, incluiu explicitamente os chatbots, criando o primeiro grande precedente sobre o risco legal da IA no país e forçando uma reavaliação completa de como as empresas implementam a tecnologia. Globalmente, em resposta ao caos do uso de dados para treinamento, a Creative Commons lançou o revolucionário framework "CC Signals", uma tentativa de criar um novo contrato social para a era da IA, permitindo que criadores definam como suas obras podem ser usadas por máquinas. Fechamos com a disseminação dessas tecnologias no dia a dia, com a Meta adquirindo a plataforma de voz PlayAI para turbinar seus assistentes e óculos inteligentes, demonstrando que a IA está cada vez mais presente, para o bem e para o mal.

🎯 Os destaques de hoje

STF Redefine o Risco da IA: Decisão histórica do Supremo amplia a responsabilidade das plataformas para incluir conteúdo gerado por chatbots, criando o primeiro grande precedente legal para a operação de IA no Brasil.

A Dívida da Produtividade é Real: Relatórios da Salesforce e Thomson Reuters comprovam: a IA já está entregando ganhos de produtividade de 30-50% e dobrando a chance de crescimento de receita para empresas com estratégias claras.

A Nova Cortina de Ferro Digital: OpenAI identifica a chinesa Zhipu AI como sua principal rival, expondo a "Estrada da Seda Digital" de Pequim como uma frente na guerra fria tecnológica entre EUA e China.

Um Novo Contrato Social para Dados: Creative Commons lança o "CC Signals", um framework revolucionário que visa acabar com a "terra de ninguém" no treinamento de IA, permitindo que criadores definam como suas obras podem ser usadas por máquinas.


🇧🇷 Panorama Brasil

⚖️ STF Inclui Chatbots na Responsabilização de Plataformas

O Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu um julgamento histórico que redefine fundamentalmente a responsabilidade das empresas de tecnologia no Brasil. Por um placar de 8 a 3, os ministros decidiram que o Artigo 19 do Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014) é parcialmente inconstitucional, estabelecendo que as plataformas digitais devem ser responsabilizadas por conteúdos ilegais gerados por terceiros, mesmo sem uma ordem judicial prévia em certos casos. A regra geral agora é que as empresas devem remover conteúdos criminosos ou ilícitos assim que notificadas, com a exceção de crimes contra a honra (calúnia, injúria e difamação), que ainda exigem uma decisão judicial para remoção obrigatória.

O ponto mais transformador da decisão, no entanto, foi a inclusão explícita de uma nova categoria de responsabilidade direta: o uso de chatbot ou robôs para a propagação de ilegalidades. Embora o foco do julgamento fosse a moderação de conteúdo gerado por usuários humanos em redes sociais, essa menção específica a sistemas automatizados expande o escopo da decisão para cobrir, de fato, o conteúdo gerado por inteligência artificial. Isso significa que, se o chatbot de uma empresa gerar uma resposta difamatória, uma informação falsa que cause dano ou qualquer conteúdo ilegal, a empresa operadora da plataforma poderá ser responsabilizada civilmente de forma imediata. Essa mudança representa o primeiro e mais significativo precedente jurídico sobre a responsabilidade civil por resultados gerados por IA no Brasil, transferindo o risco da "alucinação" ou do mau uso do modelo do usuário para o operador da tecnologia. A decisão do STF cria, assim, um poderoso incentivo comercial e legal para que qualquer empresa que implemente IA generativa no país invista pesadamente em segurança, filtros e mecanismos de controle, acelerando a demanda por

IA Responsável não apenas como um princípio ético, mas como um imperativo de gestão de risco financeiro e jurídico.

"Há um estado de omissão parcial que decorre do fato de que a regra geral não confere proteção suficiente a bens jurídicos constitucionais de alta relevância, proteção de direitos fundamentais e da democracia." — Tese de repercussão geral do STF

🎯 O que está em jogo: O custo de um erro de IA no Brasil acaba de aumentar drasticamente. A decisão do STF força as empresas a saírem da teoria da "IA Responsável" para a prática da gestão de risco algorítmico, sob pena de enfrentarem consequências legais diretas.

🔗 Leia na íntegra: AJ Notícias


💸 IA Pode Adicionar US$ 429 Bilhões ao PIB do Brasil

Um estudo da consultoria Accenture projeta que a adoção da inteligência artificial pelo setor privado pode adicionar até US$ 429 bilhões ao Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil ao longo da próxima década, considerando os ganhos de produtividade em diversos setores da economia. O relatório, que analisou as cinco maiores economias da América Latina, estima um incremento total de até US$ 1 trilhão para a região no cenário mais otimista. No entanto, a materialização desse potencial econômico massivo não é garantida e depende de um fator crucial: a

requalificação e o treinamento da mão de obra para colaborar efetivamente com a nova tecnologia.

Este condicionante transforma o debate sobre IA no Brasil, movendo-o de uma questão puramente tecnológica para uma de política pública de educação e trabalho. O gargalo para o crescimento econômico impulsionado pela IA não é o acesso à tecnologia — que, segundo dados do Sebrae, já tem alta penetração mesmo entre micro e pequenas empresas —, mas sim a capacidade humana de utilizá-la de forma estratégica. Isso implica que, para que o investimento em IA tenha um retorno macroeconômico significativo, ele precisa ser acompanhado por um investimento igualmente massivo em educação, desde a formação básica até programas de capacitação continuada e políticas de transição de carreira para os trabalhadores afetados pela automação. O Brasil, portanto, enfrenta uma corrida contra o tempo. Se a qualificação da força de trabalho não acompanhar o ritmo da adoção tecnológica, o país corre o risco de vivenciar um "paradoxo da produtividade da IA": as empresas implementam as ferramentas, mas os ganhos macroeconômicos não se concretizam em sua totalidade, podendo até mesmo acentuar a desigualdade social.

💡 Ponto crítico: O relatório da Accenture deixa claro que o futuro da economia brasileira na era da IA será definido nas salas de aula e nos programas de treinamento, não apenas nos data centers. A soberania digital do país dependerá de seu capital humano.

🔗 Leia na íntegra: Exame


🚀 Negócios & Startups

📈 Salesforce: IA Já Realiza de 30% a 50% do Trabalho

O CEO da Salesforce, Marc Benioff, fez uma declaração que marca o fim da era especulativa sobre o retorno do investimento em IA, afirmando que a tecnologia já está realizando entre 30% e 50% do trabalho em áreas cruciais da empresa, como engenharia de software e atendimento ao cliente. Essa revelação, feita durante uma entrevista à Bloomberg, quantifica de forma concreta o impacto da automação e estabelece um novo benchmark para o mercado. Benioff destacou que o uso interno de IA permitiu à empresa reduzir suas necessidades de contratação e que uma ferramenta de IA para atendimento ao cliente já alcança 93% de precisão, mesmo com clientes do porte da Walt Disney Co..

A afirmação de Benioff, somada a um relatório recente da Thomson Reuters que mostra que empresas com estratégias de IA claras têm o dobro de probabilidade de ver crescimento na receita , sinaliza uma mudança fundamental. A questão no mundo corporativo não é mais "se" a IA trará ganhos de produtividade, mas "quantos" e "com que rapidez". A pressão competitiva agora se desloca de "você está usando IA?" para "quanta produtividade você está extraindo dela?". A declaração cria uma nova métrica, o "número Benioff", que CEOs e investidores passarão a usar para avaliar a eficiência de outras companhias. Este cenário irá acelerar a polarização do mercado: empresas que conseguem extrair ganhos de produtividade significativos verão seus lucros e eficiência dispararem, enquanto as que ficam para trás serão superadas a um ritmo cada vez mais veloz. A IA, portanto, consolida-se como um multiplicador direto da competência de gestão.

"Todos nós temos que entender essa ideia de que a IA pode fazer coisas que antes fazíamos. Podemos passar a fazer um trabalho de maior valor." — Marc Benioff, CEO da Salesforce

📊 Impacto: A quantificação do ganho de produtividade pela Salesforce transforma a IA de uma promessa futura em uma realidade contábil, forçando todas as empresas a medirem e reportarem seu próprio "índice de automação" para se manterem competitivas.

🔗 Leia na íntegra:(https://timesofindia.indiatimes.com/technology/artificial-intelligence/after-google-and-microsoft-salesforce-ceo-marc-benioff-says-ai-is-doing-30-to-50-of-the-work-at-the-company/articleshow/122096611.cms)


💰 Clearspeed Levanta US$ 60M para IA de Análise de Risco por Voz

A Clearspeed, uma startup especializada em avaliação de risco através de análise de voz por IA, anunciou o fechamento de uma rodada de financiamento Série D de US$ 60 milhões, elevando seu capital total para US$ 110 milhões. A empresa desenvolveu uma tecnologia proprietária que analisa características vocais para identificar potenciais riscos, uma solução de "uso duplo" (dual-use) que tem se mostrado extremamente eficaz tanto no setor privado quanto no governamental. No setor de seguros, a Clearspeed alega um retorno sobre o investimento (ROI) superior a 30 vezes, cortando o tempo de análise de sinistros pela metade. Em aplicações de defesa e segurança, agências que utilizam a tecnologia relataram uma redução de 95% no tempo de verificação de pessoal.

O sucesso e o financiamento robusto da Clearspeed, que conta com investidores como o General David Petraeus, ex-diretor da CIA, ilustram a maturação de um nicho de mercado de IA altamente especializado e verticalizado. Enquanto a maior parte do hype se concentra em modelos de linguagem generativos (LLMs), a Clearspeed prova o imenso valor de aplicações de IA "estreitas" e analíticas que resolvem problemas de negócios de alto custo. A tecnologia não gera conteúdo, mas extrai sinais de risco da fala, uma tarefa discriminativa que exige um tipo diferente de inteligência. Isso aponta para um futuro "desagrupado" da IA, onde o mercado não será dominado por um único modelo que faz tudo, mas por um ecossistema de centenas de IAs especializadas e otimizadas para tarefas verticais, como análise de voz, imagens de satélite ou descoberta de medicamentos. O valor não reside no modelo genérico, mas em sua aplicação precisa a um problema de negócios bem definido.

"É raro ver uma solução que pode reduzir fraudes, mitigar ameaças de segurança e economizar custos significativos sem criar atrito para o usuário final. Esta é a inovação necessária para construir sistemas de confiança mais inteligentes e centrados no ser humano." — Anna Nekoranec, cofundadora e CEO da Align Private Capital

💡 Ponto crítico: A Clearspeed é a prova de que o futuro da IA empresarial não é apenas sobre chatbots mais inteligentes, mas sobre ferramentas analíticas especializadas que geram valor tangível e mensurável em nichos de alto risco e alta recompensa.

🔗 Leia na íntegra: Clearspeed


🗣️ Meta Negocia Aquisição da Plataforma de Voz PlayAI

A Meta está em negociações avançadas para adquirir a PlayAI, uma plataforma de inteligência artificial especializada em voz, num movimento estratégico para fortalecer seu assistente de IA e seus óculos inteligentes. O acordo, reportado pela Bloomberg, envolveria a aquisição da tecnologia da PlayAI e a incorporação de parte de sua equipe. A PlayAI desenvolveu uma suíte de ferramentas que inclui um modelo de texto para fala com clonagem de voz (Play 3.0 mini) e um modelo de conversação multi-turno (PlayDialog), tecnologias essenciais para a criação de agentes de voz mais naturais e capazes.

Essa possível aquisição faz parte de um esforço agressivo e pessoal do CEO Mark Zuckerberg para acelerar as capacidades de IA da Meta, após uma suposta frustração com o ritmo de avanço do seu modelo de código aberto, Llama. A movimentação segue um padrão recente de abordagens a startups de IA de alto perfil, incluindo o mega-investimento de US$ 14,3 bilhões na Scale AI. O foco na PlayAI revela a importância estratégica da

interface de voz na próxima geração de computação. Enquanto a interação com a IA hoje é predominantemente baseada em texto, empresas como a Meta apostam que o futuro da interação humano-computador, especialmente em dispositivos vestíveis como óculos, será conversacional e auditivo. Adquirir a PlayAI daria à Meta uma vantagem competitiva crucial para construir assistentes que não apenas entendem comandos, mas que podem conversar de forma fluida e autônoma, tornando a experiência em seus dispositivos mais intuitiva e integrada.

🔎 Olhar adiante: A corrida pela IA não é apenas sobre quem tem o modelo mais inteligente, mas sobre quem controla a interface. A negociação pela PlayAI mostra que a Meta está apostando que a voz será o principal portal para a IA no futuro, e está disposta a comprar a tecnologia e o talento necessários para vencer essa batalha.

🔗 Leia na íntegra:(https://www.pymnts.com/acquisitions/2025/report-meta-in-talks-to-acquire-voice-ai-platform-playai/)


🔬 Pesquisa & Desenvolvimento

🇨🇳 OpenAI Identifica Zhipu AI como Rival-Chave na Geopolítica da IA

A OpenAI identificou publicamente a startup chinesa Zhipu AI como uma de suas principais concorrentes, enquadrando a rivalidade não apenas em termos comerciais, mas como uma questão geopolítica fundamental. Em um post de blog, a OpenAI destacou os fortes laços da Zhipu com o estado chinês, incluindo mais de US$ 1.4 bilhão em financiamento de fontes ligadas ao governo e engajamento frequente com altos funcionários do Partido Comunista Chinês. A preocupação central da OpenAI é que a Zhipu AI está sendo usada como um instrumento da estratégia de Pequim conhecida como

"Digital Silk Road" (Estrada da Seda Digital), que visa exportar e incorporar sistemas e padrões de IA chineses em mercados emergentes, especialmente na Ásia e no Oriente Médio, antes que concorrentes ocidentais possam se estabelecer.

Essa análise transcende a competição corporativa e revela a formação de uma bifurcação no ecossistema global de IA, com duas esferas de influência distintas e concorrentes: uma liderada pelos EUA, baseada em inovação do setor privado, e outra pela China, impulsionada por uma estratégia de estado. A "Estrada da Seda Digital" não se trata apenas de vender software; é sobre exportar uma pilha tecnológica completa — hardware, software, padrões de dados e modelos de governança — para criar alinhamento estratégico e dependência tecnológica. Isso força nações em desenvolvimento a fazerem uma escolha crucial: alinhar-se ao ecossistema ocidental, percebido como mais democrático mas dominado por corporações, ou ao ecossistema chinês, apoiado pelo estado, potencialmente mais acessível, mas com implicações de soberania e vigilância. Estamos, portanto, testemunhando a formação de uma "Cortina de Ferro da IA", onde as decisões de infraestrutura tecnológica tomadas hoje terão consequências geopolíticas de longo prazo.

🎯 O que está em jogo: A competição pela supremacia em IA tornou-se uma disputa por influência global. A ascensão da Zhipu AI, impulsionada pelo estado chinês, desafia o domínio ocidental e sinaliza um futuro onde o mundo digital pode ser dividido em blocos tecnológicos rivais.

🔗 Leia na íntegra:(https://opentools.ai/news/openai-identifies-zhipu-ai-as-its-top-rival-in-global-ai-battle)


🛰️ AWS SageMaker Analisa Dados de Missão Espacial da NASA

Em uma aplicação que demonstra o poder da IA para além de tarefas generativas, a Amazon Web Services (AWS) está utilizando seu serviço Amazon SageMaker AI para detectar anomalias em dados de sensores de uma missão espacial da NASA em colaboração com a Blue Origin. O projeto aplica o algoritmo

Random Cut Forest (RCF) para analisar em tempo real os dados de posição, velocidade e orientação da espaçonave da missão de pouso lunar BODDL-TP. O objetivo é identificar comportamentos incomuns ou padrões sutis que poderiam indicar falhas críticas no sistema, algo que seria extremamente difícil para operadores humanos monitorarem com a mesma velocidade e precisão.

Esta aplicação exemplifica o uso da IA não como uma ferramenta para substituir tarefas humanas, como escrever ou desenhar, mas para supervisionar sistemas complexos em uma escala que ultrapassa a capacidade humana. Uma missão espacial gera terabytes de dados de telemetria, e nenhum humano consegue monitorar todos esses fluxos simultaneamente. O algoritmo RCF é projetado exatamente para isso: encontrar a "agulha no palheiro" em fluxos de dados massivos e multidimensionais. Isso move a IA do papel de "assistente" para o de "vigia autônomo". Sua função é garantir a segurança e a integridade de sistemas de alto risco, como uma espaçonave, uma rede elétrica ou um sistema financeiro. O futuro da engenharia de sistemas complexos e da gestão de infraestrutura crítica dependerá cada vez mais de "gêmeos digitais" monitorados por IAs analíticas, onde a confiabilidade do sistema físico estará intrinsecamente ligada à confiabilidade dos algoritmos que o supervisionam.

💡 Ponto crítico: Esta aplicação na NASA mostra o verdadeiro valor da IA em ambientes industriais e de engenharia: não apenas automatizar o trabalho humano, mas realizar tarefas de monitoramento e segurança em uma escala e velocidade sobre-humanas, tornando operações complexas mais seguras e confiáveis.

🔗 Leia na íntegra:(https://aws.amazon.com/blogs/machine-learning/no-code-ai-development-using-amazon-sagemaker-ai-and-amazon-kendra-for-smart-search-chatbots/)


🌎 Tendências Globais & Ferramentas

⚖️ Creative Commons Lança "CC Signals" para Governança de Dados de IA

A organização Creative Commons lançou um novo e revolucionário framework técnico-legal chamado "CC Signals", projetado para trazer ordem ao caos do uso de dados para treinamento de inteligência artificial. A iniciativa visa criar um "pacto de reciprocidade" entre os criadores de conteúdo e os desenvolvedores de IA, permitindo que os detentores de dados (fotógrafos, escritores, editores) especifiquem de forma clara e legível por máquina como seu conteúdo pode ou não ser reutilizado para treinar modelos. O framework propõe um conjunto de "sinais" modulares, como "Credit" (exige atribuição), "Credit + Direct Contribution" (exige contribuição financeira ou em espécie) e "Credit + Open" (exige que o modelo treinado seja aberto), entre outros.

Essa abordagem representa uma tentativa de criar uma camada de governança de dados programática e escalável para a era da IA. O status quo, marcado por batalhas legais reativas e dispendiosas (como os casos do New York Times contra a OpenAI ou da BBC contra a Perplexity), é ineficiente. O "CC Signals" propõe uma solução pró-ativa: um padrão que pode ser embutido nos metadados do conteúdo, informando a um crawler de IA exatamente quais são as condições de uso. Isso transforma a questão de um problema legal complexo e subjetivo sobre "fair use" para um problema de conformidade técnica, onde é muito mais fácil provar que uma empresa ignorou um sinal claro. Se adotado em larga escala, o framework pode criar um mercado de dados de treinamento mais ordenado e ético, permitindo o surgimento de novos modelos de negócio, como o licenciamento em massa negociado por "sindicatos de dados" em nome dos criadores.

"Se estamos comprometidos com um futuro onde o conhecimento permanece aberto, precisamos insistir coletivamente em um novo tipo de toma-lá-dá-cá. Uma única preferência, expressa de forma única, é inconsequente na era das máquinas. Mas juntos, podemos exigir uma maneira diferente." — Sarah Hinchliff Pearson, Conselheira Geral da Creative Commons

🎯 O que está em jogo: O "CC Signals" é uma das propostas mais importantes até hoje para resolver o impasse de propriedade intelectual na era da IA, oferecendo um caminho para sair da guerra judicial e construir um ecossistema mais justo e transparente.

🔗 Leia na íntegra: Nieman Lab


🏛️ Moratória de IA nos EUA Enfrenta Resistência Bipartidária

Uma proposta legislativa controversa nos Estados Unidos, que busca impor uma moratória de 10 anos sobre a capacidade dos estados de criarem e aplicarem suas próprias leis de IA, está enfrentando forte resistência bipartidária. A medida, parte de um projeto de lei orçamentária federal, é defendida por proponentes que argumentam que um "mosaico" de 50 regulações estaduais diferentes poderia sufocar a inovação e prejudicar a competitividade dos EUA contra a China. No entanto, legisladores de ambos os partidos em estados como Minnesota se opõem veementemente, defendendo os direitos dos estados como "laboratórios de democracia" e a necessidade de abordar os danos causados pela IA de forma ágil e localizada.

Esta batalha não é simplesmente sobre "regular vs. não regular" a IA. É uma luta de poder fundamental sobre quem terá a autoridade para definir as regras da economia da IA na próxima década. De um lado, as gigantes da tecnologia e seus aliados em Washington preferem uma única lei federal, pois é um ambiente regulatório mais simples e mais fácil de influenciar. Do outro, uma coalizão de estados, grupos de consumidores e defensores dos direitos civis argumenta que os danos da IA — como discriminação, fraudes e perda de empregos — são sentidos localmente e exigem respostas adaptadas. A proposta de moratória é uma tentativa do campo pró-indústria de usar o poder federal para anular a capacidade dos estados de legislar. O resultado desta disputa definirá o "sabor" da regulamentação de IA nos EUA: se a moratória passar, o modelo americano provavelmente será mais leve e focado na inovação; se falhar, os EUA podem evoluir para um modelo mais fragmentado e focado em direitos, semelhante ao GDPR europeu, com estados como a Califórnia atuando como reguladores de fato para todo o país.

💡 Ponto crítico: A luta pela moratória de IA nos EUA definirá se o futuro da governança da tecnologia será centralizado em Washington, favorecendo as big techs, ou descentralizado nos estados, priorizando a proteção do consumidor.

🔗 Leia na íntegra:(https://www.govtech.com/artificial-intelligence/state-ai-regulation-ban-faces-bipartisan-resistance-in-minnesota)


🛠️ Google Lança Novas Ferramentas de IA para Parceiros e Workspace

O Google anunciou uma série de novas ferramentas que exemplificam sua estratégia de "IA Invisível", tecendo a inteligência artificial diretamente no tecido de seus produtos de produtividade e ecossistemas de parceiros existentes. Para os parceiros do Google Cloud, a empresa lançou o SOW Analyzer, uma ferramenta baseada em Gemini que revisa Declarações de Trabalho (SOWs) e fornece feedback instantâneo e inteligente, e o Bot-Assisted Live Chat, que oferece suporte contínuo para tarefas como faturamento e integração. Além disso, o Gemini foi integrado ao Google Sheets, permitindo gerar texto contextualizado diretamente nas planilhas com uma simples fórmula.

Esses lançamentos marcam a transição da primeira para a segunda onda de IA generativa no ambiente de trabalho. A primeira onda consistia em usar um chatbot em uma janela separada. A segunda, exemplificada por essas novas ferramentas, integra a IA diretamente onde o trabalho acontece. O SOW Analyzer é o exemplo perfeito: em vez de pedir a um chatbot para "revisar este documento", a funcionalidade está embutida no fluxo de trabalho do portal de parceiros, tornando a IA uma parte natural e quase invisível do processo. Essa estratégia reduz drasticamente o atrito para o usuário, aumentando a adoção. O usuário não precisa "aprender a usar IA"; ele simplesmente usa a ferramenta que já conhece, que agora é mais inteligente. A batalha pela IA empresarial será vencida não apenas por quem tem o melhor modelo, mas por quem tem a melhor distribuição, e o Google está usando sua vasta rede para comoditizar suas capacidades de IA.

"O SOW Analyzer terá um impacto material para os parceiros do Google Cloud em termos de velocidade, precisão e conformidade para seus SOWs. É um ótimo exemplo de um caso de uso de IA para capacitação de parceiros." — Steve White, Vice-Presidente de Programas, Canais e Alianças, IDC

🔎 Olhar adiante: A estratégia do Google de "IA embutida" visa tornar a inteligência artificial onipresente e indispensável, transformando-a de um produto distinto em uma característica padrão de todas as suas ferramentas de trabalho.

🔗 Leia na íntegra:(https://cloud.google.com/blog/topics/partners/new-ai-tools-for-google-cloud-partners/)


Dinâmica do dia da semana

Sextooou, galera! E para celebrar a chegada do fim de semana, que tal um número que pode mudar a sua próxima semana de trabalho? Segundo um novo relatório da Thomson Reuters , profissionais que usam IA já estão economizando, em média,

5 horas por semana!

Pensa nisso: são 5 horas a mais para inovar, para pensar estrategicamente ou, vamos ser sinceros, para começar o happy hour mais cedo na sexta-feira. Isso equivale a mais de um mês de trabalho extra por ano! E não é só isso, o CEO da Salesforce disse que a IA já faz de 30 a 50% do trabalho em algumas áreas da empresa.

Então, enquanto você relaxa, a IA está trabalhando para te dar mais tempo livre. Um brinde à produtividade! 🚀🍻


Aviso Legal: Este episódio foi gerado de forma 100% automatizada por inteligência artificial. As informações contidas são baseadas em fontes públicas, devidamente listadas na descrição. Não há revisão editorial humana. Recomendamos a consulta direta às fontes originais para confirmação e aprofundamento das informações aqui apresentadas.

Discussão sobre este episódio

Avatar de User